É madrugada, e o telefone toca:
- Alô, Sô Caulos? Aqui é o Uélito, caseiro do seu sítio.
- Pois não, Seu Wellington. Que posso fazer pelo senhor? Houve algum
problema?
- Ah, eu só tô ligan pravisá pro sinhô que o seu papagai morreu.
- Meu papagaio? Morreu? Aquele que ganhou o concurso?
- É, êl mes...
- Puxa! Que desgraça! Gastei uma pequena fortuna com aquele bicho!
Mas...ele morreu de quê?
- Di cumê carne istragada.
- Carne estragada? Quem fez essa maldade? Quem deu carne para ele?
- Ninguém. Ele cumeu a dum dos cavalo morto.
- Cavalo morto? Que cavalo morto, seu Wellington?
- Aquês puro-sangue que o sinhô tinha! Els morrêro de tanto puxá
carroça d'água!
- Tá louco? Que carroça d'água?
- Pra apagá o incêndio.
- Mas que incêndio, meu Deus??
- Na sua casa... uma vela caiu, aí pegô fogo nas curtina!
- Caramba, mas aí tem luz elétrica! Que vela era essa?
- Do velório.
- De quem?
- Da sua mãe... Ela apareceu aqui sem avisá e eu dei um tiro nela
pensanque fosse ladrão!
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