20/09/2005

Estas são duas boas histórias pra quebrar o ritmo do trabalho e pensar na
vida.

História Número Um.

Muitos anos atrás, Al Capone possuía virtualmente Chicago. Capone não era
famoso por nenhum ato heróico. Ele era notório para empastar a cidade com
tudo relativo a contrabando, bebida, prostituição e assassinatos.
Capone tinha um advogado apelidado "Easy Eddie". Era o seu advogado por um
excelente motivo. Eddie era muito bom! Na realidade, sua habilidade,
manobrando no cipoal legal, manteve Al Capone fora da prisão por muito
tempo. Para mostrar seu apreço, Capone lhe pagava muito bem. Não só o
dinheiro era grande, como Eddie também tinha vantagens especiais.
Por exemplo, ele e a família moravam em uma mansão protegida, com todas as
conveniências possíveis. A propriedade era tão grande que ocupava um
quarteirão inteiro em Chicago. Eddie vivia a vida da alta roda de Chicago,
mostrando pouca preocupação com as atrocidades que ocorriam à sua volta.
No entanto, Easy Eddie tinha um ponto fraco. Ele tinha um filho que amava
afetuosamente. Eddie cuidava que seu jovem filho tivesse o melhor de tudo:
roupas, carros e uma excelente educação. Nada era poupado. Preço não era
objeção. E, apesar do seu envolvimento com o crime organizado, Eddie tentou
lhe ensinar o que era certo e o que era errado. Eddie queria que seu filho
se tornasse um homem melhor que ele. Mesmo assim, com toda a sua riqueza e
influência, havia duas coisas que ele não podia dar ao filho: ele não podia
transmitir-lhe um nome bom ou um bom exemplo.
Um dia, o Easy Eddie chegou a uma decisão difícil. Easy Eddie tentou
corrigir as injustiças de que tinha participado. Ele decidiu que iria às
autoridades e contaria a verdade sobre Al "Scarface" Capone, limpando o seu
nome manchado e oferecendo ao filho alguma semelhança de integridade.
Para fazer isto, ele teria que testemunhar contra a quadrilha, e sabia que o
preço seria muito alto. Ainda assim, ele testemunhou.
Em um ano, a vida de Easy Eddie terminou em um tiroteio em uma rua de
Chicago. Mas aos olhos dele, ele tinha dado ao filho o maior presente que
poderia oferecer, ao maior preço que poderia pagar. A polícia recolheu em
seus bolsos um rosário, um crucifixo, uma medalha religiosa e um poema,
recortado de uma revista.
O poema:
O relógio de vida recebe corda apenas uma vez e nenhum homem tem o poder de
decidir quando os ponteiros pararão, se mais cedo ou mais tarde.
Agora é o único tempo que você possui.
Viva, ame e trabalhe com vontade.
Não ponha nenhuma esperança no tempo, pois o relógio pode parar a qualquer
momento.

História Número Dois

A Segunda Guerra Mundial produziu muitos heróis. Um deles foi o Comandante
Butch O'Hare. Ele era um piloto de caça, operando no porta-aviões
Lexington, no Pacífico Sul. Um dia, o seu esquadrão foi enviado em uma
missão.
Quando já estavam voando, ele notou pelo medidor de combustível que alguém
tinha esquecido de encher os tanques. Ele não teria combustível suficiente
para completar a missão e retornar ao navio. O líder do vôo instruiu-o a
voltar ao porta-aviões. Relutantemente, ele saiu da formação e iniciou a
volta à frota. Quando estava voltando ao navio-mãe viu algo que fez seu
sangue gelar: um esquadrão de aviões japoneses voava na direção da frota
americana.
Com os caças americanos afastados da frota, ela ficaria indefesa ao ataque.
Ele não podia alcançar seu esquadrão nem avisar a frota da aproximação do
perigo.
Havia apenas uma coisa a fazer. Ele teria que desviá-los da frota de alguma
maneira. Afastando todos os pensamentos sobre a sua segurança pessoal, ele
mergulhou sobre a formação de aviões japoneses. Seus canhões de calibre 50,
montados nas asas, disparavam enquanto ele atacava um surpreso avião inimigo
e em seguida outro. Butch costurou dentro e fora da formação, agora rompida
e incendiou tantos aviões quanto possível, até que sua munição finalmente
acabou. Ainda assim, ele continuou a agressão.
Mergulhava na direção dos aviões, tentando destruir e danificar tantos
aviões inimigos quanto possível, tornando-os impróprios para voar.
Finalmente, o exasperado esquadrão japonês partiu em outra direção.
Profundamente aliviado, Butch O'Hare e o seu avião danificado se dirigiram
para o porta-aviões. Logo à sua chegada ele informou seus superiores sobre
o acontecido. O filme da máquina fotográfica montada no avião contou a
história com detalhes. Mostrou a extensão da ousadia de Butch em atacar o
esquadrão japonês para proteger a frota. Na realidade, ele tinha destruído
cinco aeronaves inimigas.
Isto ocorreu no dia 20 de fevereiro de 1942, e por aquela ação Butch se
tornou o primeiro Ás da Marinha na WW II, e o primeiro Aviador Naval a
receber a Medalha Congressional de Honra. No ano seguinte Butch morreu em
combate aéreo com 29 anos de idade. Sua cidade natal não permitiria que a
memória deste herói da WW II desaparecesse, e hoje, o Aeroporto O'Hare, o
principal de Chicago, tem esse nome em tributo à coragem deste grande homem.
Assim, na próxima vez que você passar no O'Hare International, pense nele e
vá ao Museu comemorativo sobre Butch, visitando sua estátua e a Medalha de
Honra. Fica situado entre os Terminais 1 e 2.

O que têm estas duas histórias de comum entre elas?

Butch O'Hare era o filho de Easy Eddie

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